quarta-feira, 20 de abril de 2011

"PÁSCOA"...

Páscoa, na língua hebraica é pessach, que significa passagem ou passar por cima. E esta idéia esta implícita em versos que referendam a esta festa em Êx 12.11,23,27. A páscoa celebrava-se com a morte de um cordeiro no dia 14 de Abibe (cf. Êx13.4). Abibe significa espigas verdes e corresponde ao primeiro mês do calendário hebraico.
Durante o exílio, este nome foi substituído pelo nome babilônico Nisã, que significa, começo, abertura. Em nosso calendário este mês corresponde a março- abril. Neste estudo, estudaremos acerca do significado da páscoa.
Significado da Páscoa
O Homem moderno, em suas muitas ocupações, tem se esquecido do profundo significado da festa da Páscoa. Até porque, a versão secular desta data é apenas comercial e não religiosa. Exporemos aqui alguns significados que a páscoa tem dentro do contexto escriturístico.
Em primeiro lugar, a Páscoa significa libertação. A Páscoa surge como a festa que marcava o fim da opressão escravizadora de Faraó sobre o povo hebreu. A profecia a Abraão revelava que seus descendentes ficariam sob o domínio de uma terra estranha por 400 anos, mas que depois eles seriam libertados e sairiam com grande riqueza (cf. Gn 15: 13,14). E isto de fato ocorreu, mas não antes que esta festa fosse celebrada. E um pequeno detalhe, se esta festa era a festa da libertação, porque então ela foi celebrada antes da libertação propriamente dita?
Porque Deus quis ensinar que o sacrifício expiatório, a fé e a nossa obediência precedem a plena libertação, afinal, Israel não estava sendo libreto apenas de Faraó, mas também do Anjo Destruidor. E isto implica que a libertação espiritual sempre precede a física. Se o sangue do cordeiro não fosse derramado e aspergido sob os umbrais da casa, o povo de Israel teria sido destruído pelo Anjo. A libertação da páscoa reveste se, portanto, de um caráter introspectivo, por mostrar a necessidade pessoal de libertação por meio da substituição. E um caráter prospectivo, porque profetizava a libertação antes dela acontecer e prenunciava a obra de Cristo.
Neste sentido, a Páscoa devia ser celebrado por nos com profunda reverência, afinal, Cristo foi a nossa Páscoa. Sua vida foi posta como cordeiro que sendo morto derramou seu sangue em favor de muitos. A nossa libertação espiritual plena foi conquistada por Cristo, a nossa Páscoa. João Batista o chamou de cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (cf. Jo 1.29). Paulo disse que ele é a nossa páscoa (1Co 5.7), e ele mesmo prometeu a libertação a todos quantos crerem nele (cf. Jo 8.32,36 e Mt 11.28).
Aceitar o sacrifício de Jesus feito por nós como diz as Escrituras, é comer da páscoa, e estar no caminho da libertação espiritual. A Páscoa dos hebreus os libertou da escravidão, opressão, miséria e de seus pecados perante Deus. Esta libertação aponta para o começo de uma nova vida, liberta de todos os seus terrores e opressão.
Em segundo lugar, a Páscoa significa também salvação da família.
"...Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro... para cada casa"(Êx 12:3). Observem que a promessa de Deus era que por meio do sacrifício de um cordeiro cada casa era salva da destruidor. Faraó havia dito ao povo hebreu que eles podiam ir, mas sem os seus filhos (cf. Êx 10:8-11) e nisto podemos entender a vontade do Diabo quanto as nossas famílias. Se você é um servo de Deus cuja vida Ele já libertou, Satanás irá tentar cativar seus filhos. E a Páscoa nos desperta para o fato de que a obra de Jesus foi suficiente para conceder libertação também a nossa família. O Senhor nesta ocasião quer te despertar para o compromisso que você, pai e mãe, tem diante de Dele para com sua família.
E em último lugar, a Páscoa tem profundo significado para o cristão por representar a obra de Cristo para a nossa redenção.
Eu já havia dito que a as festas eram "sombras das coisas futuras"( cf. Cl 2.17), ou seja, elas tipificavam aquilo que, como no caso da páscoa, um dia tornar-se-ia história na encarnação do Senhor. E a Páscoa era exatamente uma antecipação figurativa da obra de Jesus no calvário.